LABORATÓRIO DE PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Equipe

Linhas de Pesquisa

Publicações

Endereço

 Links

 

  página inicial

 

atualizado em 08/03/2005

    Hematopoiese: Definição e Fundamentos

A hematopoiese ou hemopoiese é a produção dos elementos celulares e figurados do tecido sanguíneo. A atividade hematopoiética gera mais de nove tipos celulares diferentes, divididos em: linhagem linfóide (linfócitos T e B, células NK (natural killer) e células dendríticas linfóides); e linhagem eritro-mielóide (macrófagos, eosinófilos, neutrófilos, mastócitos, eritrócitos etc), a partir de uma entidade celular denominada célula-tronco hematopoiética ou HSC (hematopoietic stem cell) (Weissman, Anderson et al., 2001).

O surgimento do tecido sanguíneo está diretamente relacionado com o aparecimento evolutivo do terceiro folheto embrionário, denominado mesoderma. Diversos estudos demonstram que a deficiência de genes envolvidos na determinação mesodérmica afeta irreversivelmente o tecido hematopoiético (revisado em (Godin e Cumano, 2002)). No modelo animal murino o fenômeno hematopoiético é primeiramente detectado no sétimo dia embrionário (E7)[1], logo após o término da gastrulação. Neste período, E7, a diferenciação das células sanguíneas está confinada ao saco vitelínico, seguindo uma hierarquia relativamente definida, passando para a região PAS/AGM[2], fígado fetal, baço e timo, para finalmente alojar-se na medula óssea (figura 1), como será discutido posteriormente.

Hematopoiese Embrionária:

Saco vitelínico

O saco vitelínico é um anexo extra-embrionário que acompanha a parede do exoceloma e o mesoderma extra-embrionário, estando delimitado por uma camada unicelular endodérmica (Palis e Yoder, 2001; Yoder e Palis, 2001) (figura 2). Na ontogênese dos mamíferos, esta estrutura tem a função primordial de estocar e fornecer elementos nutricionais essenciais para o início do desenvolvimento até que as conexões com o organismo materno sejam feitas através da placenta e, este último possa assumir esta função. Além disso, é no saco vitelínico que se observa a primeira onda de produção de células vermelhas do sangue, sempre acompanhada do fenômeno de vasculogênese. Assim são formados a rede vascular e os elementos necessários para levar oxigenação e nutrientes aos tecidos em formação, permitindo que o futuro embrião tenha um desenvolvimento normal até o parto.

Como mencionado anteriormente, no modelo murino, a hematopoiese pode ser primeiramente identificada a partir do estágio E7 (figura 1, revisado em (Dzierzak, Medvinsky et al., 1998; Cumano e Godin, 2001)), sendo totalmente esgotada no estágio E13. Neste período (E7), pequenas protuberâncias na parede do saco vitelínico indicam os sítios da primeira onda de diferenciação de células sanguíneas. Estas estruturas são conhecidas como ilhotas de sangue, já que em suas porções internas pode-se detectar uma atividade proliferativa de eritrócitos nucleados que expressam isoformas embrionárias da hemoglobina (z, βH1 e e) (Stamatoyannopoulos, 2001), megacariócitos (Xu, Matsuoka et al., 2001) e macrófagos primitivos (Shepard e Zon, 2000; El-Nefiawy, Abdel-Hakim et al., 2002). Delimitando estas ilhotas, encontram-se células com características morfológicas vasculares, sugerindo uma relação com a existência de um precursor comum hematopoiético e vascular, denominado hemangioblasto (Choi, Kennedy et al., 1998; Godin e Cumano, 2002; Minasi, Riminucci et al., 2002).

Curiosamente, as células hematopoiéticas geradas no saco vitelínico não possuem capacidade multipotente de reconstituição hematopoiética, já que quando transplantadas em animais letalmente irradiados, elas não prosseguem com a hematopoiese medular óssea (Cumano, Dieterlen-Lievre et al., 2000), sítio hematopoiético definitivo. No entanto, foi observado que os precursores vitelínicos são capazes de dar origem a células da linhagem linfóide a partir do dia E8 (Cumano, Furlonger et al., 1993; Lu, Wang et al., 1996). Contudo, neste estágio outra região embrionária também possui atividade hematopoiética, a AGM. Portanto, esta detecção de linfopoiese em E8 pode ser explicada pelo fato de que neste estágio a circulação sanguínea entre o saco vitelínico e os tecidos embrionários já está estabelecida (Cumano, Ferraz et al., 2001). Sugerindo que existe uma recirculação de precursores entre os sítios hematopoiéticos extra e intra-embrionários. Estas evidências, somadas a outras, sugerem que a produção hematopoiética vitelínica é primitiva, transiente e distinta da hematopoiese definitiva subseqüente.

PAS/AGM

A partir do estágio E7,5-8, imediatamente após a detecção da atividade hematopoiética primitiva do saco vitelínico, a formação de células sanguíneas também pode ser detectada na região embrionária denominada PAS (para-aorta-splanchnopleura) (Cumano, Dieterlen-Lievre et al., 2000; Dzierzak, 2003). Esta região embrionária inclui o mesoderma esplâncnico, a aorta dorsal, as fendas genitais, o promesonefron, o mesênquima e o mesoderma intermediário. Estas estruturas rapidamente se organizam e tornam-se claramente identificáveis em torno do dia E9, caracterizando a região AGM (aorta-gonada-mesonefron)(figura 3). É na PAS/AGM que se inicia a hematopoiese definitiva, já que os precursores isolados desta região são capazes de dar origem a todas as linhagens celulares sanguíneas, linfóide e mielóide, tanto in vitro (condicionalmente) quanto in vivo (Cumano, Dieterlen-Lievre et al., 1996). Além disso, os eritrócitos produzidos neste sítio também já possuem características adultas, como a enucleação e a expressão das globinas α e b (Godin, Dieterlen-Lievre et al., 1995). Com base nestas informações, acredita-se que esta hematopoiese na AGM é uma geração de novo de progenitores hematopoiéticos, ou seja, independente da atividade encontrada no saco vitelínico (Godin, Garcia-Porrero et al., 1999). Interessantemente, assim como no saco vitelínico, o surgimento destes precursores na AGM também está estreitamente relacionado com o aparecimento das células endoteliais (De Bruijn, Ma et al., 2002). Isto reforça a hipótese da existência do hemangioblasto.

Diversos fatores possuem status de essenciais para que ocorra uma hematopoiese normal a partir do estágio E9, tanto no saco vitelínico quanto na AGM, tais como: Tal-1[1], LMO-2[2], GATA-1, Flk-1[3], Tie-2[4], dentre de outros (Godin e Cumano, 2002). Embora existam células hematopoiéticas multipotentes na região AGM, a hematopoiese definitiva não acontece nela (Godin, Garcia-Porrero et al., 1999). De fato, esta região parece ser um sítio importante para o surgimento e expansão dos precursores hematopoiéticos que irão colonizar o próximo órgão hematopoiético embrionário, o fígado fetal (Godin, Garcia-Porrero et al., 1999; Cumano, Dieterlen-Lievre et al., 2000).

 

Hematopoiese fetal:

O estabelecimento da hematopoiese definitiva:

O desenvolvimento das estruturas teciduais, estabelecido pela organogênese, propicia a organização dos órgãos capazes de alojar a hematopoiese definitiva. Isto torna viável o endereçamento das células hematopoiéticas, que passam imigrar e povoam estes tecidos. Nesta organização dos compartimentos teciduais, a hematopoiese pode expandir em quantidade e qualidade (Dzierzak, Medvinsky et al., 1998).

Como mencionado anteriormente, o sítio definitivo da produção de células sanguíneas é a medula dos ossos longos e chatos. Até que estas estruturas possuam maturidade tecidual para receber os precursores hematopoiéticos, existe uma hierarquia aparentemente definida dos sítios hematopoiéticos. Aquela geração de novo de precursores na PAS/AGM, imigra em caráter transiente para o fígado fetal. Concomitantemente, seguem a via hematopoiética auxiliar no timo. Logo após, começam a ocupar o baço e a medula óssea. Esta migração nos estágios fetais não está completamente entendida, embora a participação destes órgãos no processo de amadurecimento hematopoiético seja bem aceita e estabelecida. Uma vez que, existem somente dados indiretos que sugerem esta hierarquia (Wolber, Leonard et al., 2002).

No fígado fetal

Em camundongos, os primórdios do fígado fetal começam a ser detectados a partir do dia E9 nas paredes do intestino delgado. O desenvolvimento hepático conta com a participação indispensável da família de fatores de transcrição Foxa e outros determinadores endodérmicos (Zaret, 2002). Entretanto, ainda não se conhece nenhum evento celular ou molecular específico da organogênese hepática. A colonização deste tecido com os precursores hematopoiéticos inicia-se logo após a sua formação no estágio E10 (Delassus e Cumano, 1996). Os eventos deste processo de colonização ainda não são completamente entendidos, mas os avanços nesta área indicam uma participação essencial das integrinas α-4 e b-1 (Arroyo, Yang et al., 1999), assim como do complexo CXCR-4↔SDF-1[1] (Mcgrath, Koniski et al., 1999). Isto é sustentado pelo fato de que precursores hematopoiéticos da AGM são incapazes de reconstituir camundongos deficientes em SDF-1, ou em CXCR4 ou duplamente deficientes, por não receberem sinais de endereçamento tecidual. Ou seja, a ausência da expressão de SDF-1 nas células vasculares ou de CXCR-4 nos progenitores, ou de ambos, não permite que haja uma reconstituição dos devidos nichos hematopoiéticos (Wright, Bowman et al., 2002). No entanto, este complexo de endereçamento celular não parece ser exclusivo deste estágio do desenvolvimento, já que estão envolvidos em todos os processos hematopoiéticos de migração e homing celular já demonstrados (Petit, Szyper-Kravitz et al., 2002; Avigdor, Goichberg et al., 2004).

Durante esta fase inicial do desenvolvimento fetal, E10-E13, o pool de precursores alcança um número factível para estudos da sua caracterização fenotípica. Assim, os progenitores hematopoiéticos na transição da AGM para o fígado fetal, passam a ser identificados pela baixa expressão de Sca-1[2] e CD11b[3], com alta expressão de CD117[4] e AA-4[5] (Jordan, Astle et al., 1995). Portanto, as células precursoras identificadas como Sca-1lowMac-1lowCD117+AA-4+ no fígado fetal, são consideradas as responsáveis pela produção hematopoiética definitiva durante a vida fetal.

Ainda existem controvérsias sobre a atividade hematopoiética do fígado, já que faltam evidências conclusivas para afirmar se o potencial de suporte hematopoiético do estroma hepático é passivo ou ativo. Ou seja, acredita-se que o tecido hepático serve somente de alojamento transiente para a produção de células do tecido sanguíneo. Apesar disso, é fato que o tecido hepático, participa da produção das células sanguíneas tanto no período fetal quanto em situações patológicas (Dutra, Rossi et al., 1997; Rossi, Dutra et al., 1999; Carvalho, Arcanjo et al., 2000).

No timo

O timo é um órgão hematopoiético auxiliar, responsável pela maturação dos linfócitos T. No modelo murino os primórdios tímicos surgem a partir do estágio E10 na terceira bolsa faríngea, fusionado com a paratireóide. A estruturação tecidual mínima é alcançada no estágio E13,5. A organogênese tímica ainda não está completamente entendida e ainda gera controvérsias na literatura (Gill, Malin et al., 2003; Manley e Blackburn, 2003; Gordon, Wilson et al., 2004). Existem duas linhas de raciocínio para a participação ativa dos folhetos embrionários endoderma e ectoderma na formação tímica. A primeira propõe um modelo hipotético que se refere à necessidade de uma atividade de condução e organização dos componentes endodérmicos que formam o timo pelo ectoderma. Somente após o início da organização tímica, as células ectodérmicas formariam uma cápsula em torno dos primórdios tímicos guiando a sua maturação tecidual. Isto seria justificado com base no modelo murino atímico nude. Estes animais têm defeitos na proliferação das células ectodérmicas e por isso possui deficiências epidérmicas, como a ausência de pêlos. Este fenótipo é creditado à mutação no gene FoxN1, encontrada neste modelo (Gill, Malin et al., 2003; Manley e Blackburn, 2003).

O outro modelo sugere a origem endodérmica única do timo. FoxN1 contrapõe a expressão de Gcm2, específico para a organogênse da paratireóide (Manley e Blackburn, 2003; Blackburn e Manley, 2004), portanto está envolvido na determinação do tecido tímico. Estudos mais aprofundados demonstraram que Foxn1 está envolvido na proliferação e diferenciação das células epiteliais tímicas (TEC – thymic epithelial cells), o que explica a deficiência tímica no modelo nude, já que este fator está mutado. A estruturação do tecido tímico depende de uma cascata seqüencial de outros fatores à montante de Foxn1, como HoxA3, Pax1/9, Eya1 e Six1 (Manley e Blackburn, 2003). A deficiência de FoxN1 causaria defeito na maturação das células epiteliais tímicas, de origem exclusivamente endodérmica, gerando a incapacidade de maturar os timócitos (precursores tímicos de origem hematopoiética). Além disso, existiria uma segunda fase na organogênese tímica dependente de linfócitos. Sem a maturação destes, não haveria como alcançar a maturação tecidual (Manley e Blackburn, 2003; Blackburn e Manley, 2004; Gordon, Wilson et al., 2004).

O parênquima tímico ou estroma é formado por diversos tipos celulares envolvidos de alguma forma na maturação dos timócitos (Itoi, Kawamoto et al., 2001; Gill, Malin et al., 2003). Células de origem mesodérmica também participam do processo de maturação dos linfócitos T, como células dendríticas e outros leucócitos migratórios (Anderson e Jenkinson, 2001) que compõem o estroma tímico. Este estroma está organizado em nichos, que representam os compartimentos necessários para que ocorra a especificação e a determinação dos progenitores, imigrantes tímicos (Lind, Prockop et al., 2001; Petrie, 2002; 2003), como será discutido posteriormente. Estes nichos parecem ser definidos pela presença seletiva, e ao mesmo tempo complementar, da combinação de quimiocinas (CCL12, 19, 21 etc) e componentes de matriz extracelular (laminina, colágenos etc) (Savino, Mendes-Da-Cruz et al., 2002; Gill, Malin et al., 2003), que juntos compartimentam macroscopicamente o órgão em região cortical, cortico-medular (região mais vascularizada) e medular (Petrie, 2002) (figura 4).

A promiscuidade das interações entre os componentes de endereçamento mencionada anteriormente, também serve para a invasão do epitélio tímico pelos precursores linfopoiéticos. Ou seja, também existe a participação da interação SDF-1-CXCR4 na região de entrada e saída que compõe a junção cortico-medular do parênquima tímico. Além desta interação, a emigração tímica parece contar com o efeito quimiotático relativamente específico de CCL19, com seu receptor CCR7 (Ueno, Hara et al., 2002), e com o lisofosfolipídeo acoplado à proteína G, S1P1, envolvido no desenvolvimento vascular e expresso em linfócitos T e B (Matloubian, Lo et al., 2004). .

A atividade hematopoiética acessória do timo perdura durante toda a vida fetal e pós-natal. Embora haja avanços na caracterização das moléculas envolvidas na imigração e emigração tímica, a identidade fenotípica do precursor linfóide responsável pelo componente hematopoiético que semeia o ambiente tímico ainda não está estabelecida. A busca deste precursor pré-tímico revelou diversos precursores celulares intermediários na cascata de diferenciação hematopoiética e linfopoiética T, como será discutido posteriormente.

 

 

Hematopoiese peri e pós-natal:

No baço

O baço é outro órgão hematopoiético auxiliar. Ele tem sua origem embrionária iniciada no estágio E12, a partir da fusão endo-mesodérmica da porção externa do estômago. Ainda não existe uma clara definição dos fatores envolvidos no processo da organogênese esplênica, mas já foi demonstrado que os fatores Hox11, Wt1, Bapx1 e capsulina são essenciais para a formação e manutenção da homeostasia deste desenvolvimento (Roberts, Shutter et al., 1994; Dear, Colledge et al., 1995; Koehler, Franz et al., 2000; Lu, Chang et al., 2000). Além de desempenhar outras funções na vida adulta, o baço persiste com sua atividade hematopoiética, em camundongos, apesar de estar confinada à eritropoiese.

A participação esplênica na hematopoiese parece estar envolvida na homeostasia do trânsito fisiológico de progenitores, já que em situações de esplenectomia ocorre um aumento da freqüência de formação de colônias hematopoiéticas em culturas hepáticas, mas não em culturas de medula óssea (Wolber, Leonard et al., 2002). Como no ambiente hepático, a atividade de suporte hematopoiético pelo parênquima esplênico pode ser retomada em situações patológicas e/ou in vitro (Tsuchiyama, Mori et al., 1995; Wolber, Leonard et al., 2002).

Na medula óssea

A medula óssea dos ossos longos e chatos é o sítio definitivo da hematopoiese. A formação óssea ocorre por dois processos distintos, de acordo com a sua localização, denominados ossificações endocondral e intramembranosa (para revisão (Kronenberg, 2003)). A gênese óssea envolve vários fatores locais, como: BMPs[1], Wnts[2], FGFs[3], proteínas Hedgehog, IGFs[4] e retinóides; e fatores sistêmicos, como: hormônio de crescimento, hormônio tiroidiano, estrógenos, andrógenos, vitamina D e glicocorticóides. A formação óssea atrai a vascularização que serve de porta de entrada para a imigração hematopoiética, a qual se inicia no estágio E15. Assim como em outros sítios hematopoiéticos a ocupação da medula óssea pelos precursores imigrantes, também conta com o sistema de endereçamento oferecido pela interação de SDF-1/CXCR4 (Mcgrath, Koniski et al., 1999), dentre outros. A expressão de SDF-1 pelo estroma medular parece ser importante para a contenção dos progenitores, já que numa situação de mobilização celular este ligante sofre diminuição significativa (Petit, Szyper-Kravitz et al., 2002)

O sucesso da atividade hematopoiética da medula óssea é creditado às funções das células estromais ou mesenquimais. Tem sido demonstrado que a hematopoiese medular acontece em microambientes, ou nichos, determinados pela organização de sub-populações de células estromais (Calvi, Adams et al., 2003; Zhang, Niu et al., 2003; Tokoyoda, Egawa et al., 2004). De fato, o estroma parece ser responsável não só por alojar as células tronco, mas também por regular suas atividades fisiológicas. A modulação da diferenciação celular hematopoiética na medula óssea é conseqüência de interações contínuas entre o estroma e as células precursoras. Estudos exaustivos têm sido realizados com intuito de desvendar todos os componentes envolvidos neste processo.

 por Hamilton da Silva Junior

 

Voltar


 

[1] BMPs - bone morphogenic proteins – proteínas formadoras de osso. Proteínas associadas à membrana ou secretadas que participam da determinação mesodérmica e formação óssea, dentre outras funções.

[2] Wnt – wingless transcription factor – fator de transcrição relacionado com a ausência de asas no modelo de Drosophila sp. A via de sinalização Wnt está relacionada com o controle de proliferação celular.

[3] FGFs - fibroblast gowth factors – fatores de crescimento de fibroblastos. Proteínas transmembrana ou secretadas, envolvidas na proliferação de fibroblastos e desenvolvimento de diversos tecidos.

[4] IGFs - insulin-like growth factors – fatores de crescimento tipo insulina. Proteínas envolvidas na indução da proliferação e diferenciação celular.

[1] CXCR-4 – Receptor de quimiocina tipo CXC-4. Interage com SDF-1 (stromal-derived factor 1 – fator derivado do estroma), também conhecido como CXCL12 (ligante CXC-12) ou PBSF (pre-B cell growth stimulating factor – factor estimulador do crescimento de células pré-B). A interação CXCR4/SDF-1 está relacionada com a transmigração celular nos vasos sangüíneos.

[2] Sca-1 – stem cell antigen – antígeno de células tronco; ou spinalcerebellar ataxia – ataxia espinocerebelar; ou ainda, lymphocyte activation protein, Ly-A/E – proteína ativadora de linfócitos. É uma proteína de membrana ancorada a glicosil-fosfatidilinositol. Está envolvida na atividade linfocitária e serve de marcador de células progenitoras primitivas.

[3] CD11b ou Mac-1 - aM-integrina que juntamente com CD18 (b2-integrina) estão envolvidos na adesão celular e, são usados como marcadores para monócitos, em sua maioria.

[4] CD117 ou cKit – quinase de membrana envolvida na adesão celular. Expressa em células progenitoras, servindo como marcador para células precursoras na hematopoiese medular óssea adulta.

[5] AA.4 – proteína transmembrana glicosilada do tipo I. Acredita-se estar envolvida na adesão celular. Foi demonstrada exercer o papel de CD117 na fase embrionária e fetal. Ou seja, serve como marcador precoce de células tronco hematopoiéticas no início da ontogenia.

[1] Tal-1/SCL - T cell acute lymphoblastic leukemia (gene da leukemia linfoblástica aguda T). Fator básico HLH é relacionado com a expressão do fator dedo de zinco GATA-1. Os dois estão envolvidos na especificação do mesoderma.

[2] LMO-2 – LIM-zinc finger protein (proteína dedo de zinco LIM). Fator de transcrição envolvido na indução da proliferação de células progenitoras.

[3] Flk-1/VEGFR2 – FMS-like kinase (quinase tipo FMS). Receptor para o fator de crescimento vascular endotelial (vascular endotelial growth factor - VEGF).

[4] Tie-2/TEK – EC-specific RTK (receptor tirosina quinase, específico de células endoteliais). Junto com VEGF, está envolvida na expansão de células endoteliais.

[1] A datação etária na ontogenia murina inicia-se a partir da visualização do plug vaginal (vedação do canal vaginal pelo esperma), sendo considerado dia zero ou meio (E0 ou E0,5) num cronograma total de 21 dias até o nascimento.

[2] PAS/AGM – paraortic-splanchnopleura/aorta-gonada-mesonephros. Região embrionária da porção caudal do embrião em desenvolvimento.

 voltar

 

 

 

Apoio Financeiro: