atualizado
em 08/03/2005
Linhas de
Pesquisa
Os tecidos normais possuem
uma organização espacial definida por
referências espaciais externas (interface
tecido-líquido ou tecido-ar, superfície
óssea, estruturas particulares da matriz
extracelular), e referências internas
(arvore vascular, rede neuronal). As
populações celulares se organizam em função
destas referências em conjuntos
operacionais, dentro dos quais a interação
complexa entre as populações celulares, as
células e a matriz extracelular, e a ação
dos mediadores solúveis, que determinam a
função e a homeostasia tecidual. Processos
patológicos, degenerativos ou traumáticos
alteram as propriedades teciduais,
provocando geralmente as reações
inflamatórias, cujas características
dependem do agente patógeno e das
propriedades teciduais. A reação
inflamatória induz modificações no fluxo de
líquidos biológicos, produção local de
mediadores inflamatórios e reparadores, e
mobilização de células que participam nos
processos de reparo. A bioengenharia e as
terapias celulares interferem com estes
processos, procurando reforçar a
regeneração, evitar a exacerbação patológica
da inflamação por introdução de elementos
exógenos, e restabelecer e estrutura e
função tecidual com as propriedades
mecânicas e fisiológicas desejadas.
Simultaneamente, as células
introduzidas, indiferenciadas ou
parcialmente diferenciadas, devem poder
identificar e interpretar corretamente o
ambiente tecidual e seguir os caminhos
adequados de diferenciação e organização
espacial. Todos este processos são
determinados pela interação de um conjunto
complexo de elementos interativos cujo
conhecimento profundo é necessário para
elaboração de novas propostas de terapias
celulares ou adequação das já existentes.
O nosso grupo possui duas
grandes áreas de interesse que existem em
constante diálogo. A área básica que
se dedica à aquisição de conhecimentos
necessários para aplicação clínica de
intervenções teciduais e que se utiliza
modelos teciduais normais e patológicos. E
os estudos aplicados que compreendem a
bioengenharia e as terapias celulares.
Estas se destinam a engenharia de complexos
moleculares que podem substituir os
elementos e as estruturas de tecidos e
órgãos que passaram por um processo de
degeneração ou traumatismo.


