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3º Simpósio sobre Diferenciação Celular do PCM no ICB
dia 27 de maio de 2014, de 9:00 às 17:30
Auditório do PCM - Bloco F do Centro de Ciências da Saúde
Programa de Pesquisa em Diferenciação Celular Radovan Borojevic do ICB
Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas

Instituto de Ciências Biomédicas

Centro de Ciências da Saúde

Universidade Federal do Rio de Janeiro

organizamos o 3º Simpósio em Diferenciação
Celular do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Morfológicas (PCM) do Instituto de Ciências Biomédicas
(ICB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participaram os profs
Roger
Chammas da Universidade de São Paulo, e
Alberto
Nobrega, do Instituto de Microbiologia Prof Paulo de Góes
da UFRJ.
Tambem participaram os profs
Cláudia Mermelstein,
Marcia Cury,
Maria Isabel Rossi,
João
Menezes, Leonardo
Andrade, Manoel
Luis Costa e Renato
Rozental, todos do Instituto de Ciências Biomédicas
da UFRJ.
Na parte da manhã, fizemos apresentações rápidas sobre cada tipo celular, falando sobre:
vias de sinalização, regulação gênica, adaptações do citoesqueleto/adesão, interações celulares e outras mudanças relacionadas à diferenciação celular
O
programa do Simpósio é:
9:00-9:15
|
Cláudia Mermelstein
|
Abertura .
Videoclip
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10:00-10:20
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Manoel Luis Costa
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Miogênese
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10:20-10:40
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João Menezes
|
Neurogênese
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10:40-11:00
|
intervalo
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11:00-11:20
|
Marcia Cury
|
Diferenciação no Sistema Hematopoietico
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11:20-11:40
|
Leonardo Andrade
|
Diferenciação das Células Epiteliais
Sensorias
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11:40-12:00
|
Maria Isabel Rossi
|
Diferenciação de Células Tronco Mesenquimais
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12:00-12-30
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Roger Chammas
|
Discussão e análise comparativa
|
De tarde fizemos apresentações curtas sobre cada tema de pesquisa, focando nos aspectos que cada modelo se relaciona com as questões abordadas na manhã:
:
13:30-14:00
|
Cláudia
Mermelstein 
|
Papel
dos microdomínios de membrana na diferenciação
muscular
|
14:00-14:30
|
João
Menezes
|
A
neurogênese na interface neuro-imune
|
14:30-15:00
|
Renato
Rozental
|
A
comunicação célula-célula na saúde
e na doença neurológica
|
15:00-15:15
|
|
intervalo
|
15:15-14:45
|
Leonardo
Andrade
|
Estático
ou dinâmico: estereocílios de células
sensoriais
|
15:45-16:15
|
Alberto
Nobrega
|
Controle
de diferenciação de linfócitos
|
16:15-16:45
|
Roger
Chammas
|
A
desdiferenciação celular no cancer
|
16:45-17:00
|
Radovan
Borojevic
|
Comentários
finais e encerramento
|
Servindo
de introdução para o Simpósio, organizamos um Curso
sobre Diferenciação Celular nos dias 19 a 23 de maio,
com a parte prática nos vários laboratórios dos
envolvidos e a observação na Sala de Microscopia B1-01.

Imagem de macrófago, corado para tubulina (verde), combinado com contraste interferencial diferencial
Para ver a imagem com mais detalhe, use esse link.

Imagem de cultura de células musculares de galinha, coradas para tubulina (verde) e para visualização dos núcleos (azul).
Para ver a imagem com mais detalhe, use esse link.
O
Programa do curso é:
prof.
|
Claudia
Mermelstein
|
Morgana
Lima
|
Leonardo
Andrade
|
Márcia
Cury
|
mod.
|
músculo
|
linfócito
e macrófago
|
queratinócito
e explante de órgãos da orelha interna
|
medula
óssea
|
Além
de um professor para cada modelo, participaram do Curso os professores Manoel Luis Costa e Helio Dutra. O
público foram alunos de pós-graduações.
Este
foi o terceiro Simpósio sobre o assunto, pois já
organizamos em 2005 o
1º Simpósio em Diferenciação
Celular do PCM com Alberto Nóbrega (UFRJ), Cláudia
Mermelstein (UFRJ), Manoel Luis Costa (UFRJ), Roger Chammas (USP),
Thomas Schultheiss (Harvard).
Depois, durante as comemorações
de 40 anos do ICB, organizamos o
2º Simpósio em Diferenciação Celular do PCM, dessa vez com Mathias
Mericskay (Université Paris VI, UMR7079 Physiologie et
Physiopathologie), Simon Hughes (MCR Center for Developmental
Neurobiology/UK) Daniel Hartline (University of Hawaii/USA) e John
Murray (University of Pennsylvania/USA).
Este Simpósio
está sendo organizado pelo prof Manoel Luis Costa, do ICB, e
pelo Programa de
Pesquisa em Diferenciação Celular do
ICB.
Informações:
Programa de Pós-Graduação
em Ciências Morfológicas - Bloco K
Centro de Ciências
da Saúde - bloco F
Cidade Universitária - Ilha do
Fundão
Rio de Janeiro, RJ - CEP 21949-900
Secretaria:
(21) 3938-6480

Apoio:
Carl Zeiss

Olympus

Scientifica
Resumos das apresentações e links:
Miogenese - Manoel Luis Costa
A determinação do músculo esquelético começa com moléculas secretadas pelo tubo neural e notocorda, como wingless (Wnt) e sonic hedgehog (Shh).
Essas moléculas por sua vez induzem a expressão de genes regulatórios, tais como myoD e miogenina (mgn), que controlam todas as características
do programa de diferenciação muscular, incluindo a saída do ciclo mitótico, alinhamento e fusão dos mioblastos, e mudanças nas membranas e organelas, como retículo e mitocondria.
Esses genes "master-switch" controlam a expressão de isoformas específicas de proteínas de adesão e do citoesqueleto. As actinas e proteínas associadas vão montar
as miofibrilas e seus sarcômeros, as unidades contráteis do músculo. Além disso, serão montados filamentos intermediários de desmina e microtúbulos específicos,
que também são essenciais para miogênese.
Artigo de Revisão: Cytoskeleton and Adhesion in Myogenesis
Building Muscle: Molecular Regulation of Myogenesis
The myogenic kinome: protein kinases critical to mammalian skeletal myogenesis
FEBS Letters: Special Issue: Myogenesis
Gene Regulatory Networks and Transcriptional Mechanisms that Control Myogenesis
Expression of a single transfected cDNA converts fibroblasts to myoblasts
Papel dos microdomínios de membrana na diferenciação muscular - Cláudia Mermelstein
A diferenciação muscular esquelética depende de uma série de eventos sequenciais e complexos. Uma dos eventos menos compreendidos é a fusão de mioblastos. Durante
a fusão, mioblastos se alinham através do reconhecimento de moléculas entre suas membranas plasmáticas. Vários lipideos e proteínas de membrana já foram descritos como
tendo envolvimento na fusão. Uma das linhas de pesquisa do Laboratório de Diferenciação Muscular do ICB/UFRJ se concentra no estudo do envolvimento do lipídeo colesterol
na fusão de mioblastos. O modelo de estudo utilizado são culturas primárias de células de músculo esquelético de embriões de galinha. Utilizamos para retirar o colesterol da
membrana e assim podemos estudar suas funções. Resultados de nosso grupo de pesquisa mostraram que a retirada de colesterol da membrana plasmática de mioblastos crescidos em
cultura provoca um aumento da fusão de mioblastos e induz um aumento da diferenciação muscular. Estes eventos envolvem a ativação de via de sinalização de Wnt/beta-catenina.
Estes resultados são de grande interesse do ponto de vista da busca de estratégias para o desenvolvimento de protocolos experimentais que poderão ser utilizados em terapias para a
cura de doenças musculares degenerativas, tais como as distrofias musculares.
Wikipedia sobre cultura de céls
Gibco® Cell Culture Basics
Sigma Cell Culture Manual
Diferenciação no Sistema Hematopoietico - Marcia Cury
A complexidade dos controles que envolve o sistema hematopoético faz dele um sistema peculiar para o estudo da diferenciação celular. Sendo assim, a hematopoese
é definida como um processo complexo e escalonado de formação de células sanguíneas, que envolve a auto-renovação de células tronco e a geração continuada de
precursores multipotentes. Estes vão entrar numa cascata de diferenciação bem controlada garantido assim a homeostase do sistema pela produção das diversas linhagens
celulares. Os processos moleculares que controlam a hematopoiese são principalmente os fatores de transcrição linhagem específicos induzidos pela interação com células
estromais, que definem nichos específicos para a diferenciação mielóide versus diferenciação linfóide, bem como pela ação sinergística de vários fatores de crescimento.
Por outro lado, o controle epigenético do sistema é considerado mais um fator intrínseco que assegura a homeostasia, na manutenção da auto renovação das células tronco
hematopoéticas e no comprometimento das linhagem celulares. Neste contexto a remodelagem da cromatina é crucial para a acessibilidade aos fatores transcricionais, sendo
a acetilação das histonas um dos eventos importantes neste contexto.
Considerando que um terço da medula óssea esta envolvida com a mielopoese e que a geração de progenitores comprometidos com a linhagem monocítica e neutrofílica são
cruciais para imunidade inata, a desacetilação das histonas nucleossomais controlada pela atividade da enzima Histona Desacetilase (HDAC) pode contribuir positivamente
ou negativamente para o funcionamento do sistema. Embora ambas as linhagens tenham o mesmo precursor comum, o pool de células mitóticas e diferenciadas de monócitos na
medula óssea é menos extensivo que o de neutrófilos. Porém no sítio inflamatório os monócitos proliferam e diferenciam em macrófagos com fenótipos alternativos,
amplificando ou diminuindo a resposta inflamatória. Desta forma, com uso de inibidores farmacológicos das HDACs, esperamos elucidar o papel das diferentes sub populações
de macrófagos na amplificação dos processos inflamatórios crônicos, ou alternativamente no seu processo de resolução.
Estático ou dinâmico: estereocílios de células sensoriais - Leonardo Andrade
As células epiteliais sensoriais, também chamadas de ciliadas, estão presentes nos órgãos da orelha interna e têm como função transformar um impulso mecânico em sinal elétrico, e transmiti-lo aos neurônios que levam as informações ao cérebro. Esses impulsos são as ondas sonoras de diferentes frequências analizadas na cóclea, ou movimentos da cabeça que orientam o individuo no ambiente e que são interpretados pelos órgãos vestibulares. As células ciliadas cocleares ou vestibulares possuem estruturas em forma de pilares chamadas estereocilios que são protrusões da membrana apical preenchidas por filamentos paralelos de actina. Cada célula ciliada possuem dezenas de estereocílios com comprimentos crescentes que formam uma banda de estereocílios. Na extremidade dos estereocílios mais curtos existe um filamento proteico nanométrico conectado com a lateral do estereocílio adjacente chamado de filamento de topo (ou “tip-link”), que é essencial para o funcionamento da célula ciliada. Quando uma onda sonora movimenta os estereocilios, o tip-link induz à abertura mecânica de um canal iônico (K e Ca) adjacente e inicia a despolarização celular. Estudar como os estereocilios se formam e se mantém ao longo da vida é fundamental para a compreensão da biologia celular das células sensoriais. Já foram identificadas dezenas de proteínas contidas nos estereocílios cujas mutações em humanos acarretam em perda progressiva de audição, surdez, ou problemas vestibulares.
Nós temos utilizados diferentes modelos animais como peixe, anfíbios e roedores para estudo das isoformas citoplasmáticas de actinas (gama e beta) e sua distribuição celular ao longo do desenvolvimento e envelhecimento das células ciliadas dos órgãos da orelha interna. Verificamos por imunomarcação por MET que as proporções das duas isoformas variam ao longo do desenvolvimento e que a diminuição de gama actina estava associada ao envelhecimento celular e a degeneração dos estereocilios. Também verificamos com método de transfecção gênica (actina + GFP) que ainda existe incorporação de actina na célula adulta, só que com uma taxa 10 vezes mais lenta do que quando a célula está em desenvolvimento.
Responsável pela página: Prof. Manoel Luís Costa
Rio, 4/6/2014